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Foto do escritorIsabela Firmo

G1

Entre minhas três opções do post anterior, decidi analisar o projeto que considerei mais promissor: o Cinema 5D. Vejo poucas pessoas falando sobre esse assunto e acredito que seja um bom tipo de projeto que abre muitas discussões e possibilidades.


Sobre o Cinema 5D


Para começar, vamos falar um pouco sobre cinema. O cinema, por si só, já é uma experiência espetacular. Combinando a emoção do audiovisual a uma tela grande, pipoca e uma sala escura, com pessoas completamente desconhecidas, ir ao cinema virou um divertimento planejado, um programa recorrente na agenda das pessoas, uma fonte de lazer e entretenimento. É impossível resistir à oportunidade de ver um filme do seu agrado com todo o conforto que uma sala de cinema pode oferecer.


Imagine agora que, além de ver os lançamentos da sua série de filmes preferida, ou mesmo um longa-metragem que escolhera por acaso, seja possível assistir o que quer que se queira com o máximo de detalhes que jamais se viu antes; as imagens fogem da tela, transbordam para a realidade do telespectador: o Cinema 3D.


Chegando ao Brasil em 2006, o cinema 3D conquistou a todos: adultos, adolescentes, crianças. Era uma experiência muito além do que qualquer um poderia imaginar. Não se tratava mais apenas de ver o filme, mas sim de se sentir dentro dele (ou dele fora do telão).


Devido ao sucesso do 3D e sua consequente popularização, designers e engenheiros se juntaram para pensar em novas possibilidades para essa experiência tão imersiva; assim, logo, surgiu o Cinema 4D, que consistia na tentativa de unir o audiovisual que fugia das telas com o impacto que trazia o movimento motorizado das cadeiras nos telespectadores.


No início, alguns devem lembrar, existiam cadeiras experimentais fora das salas de cinema, oferecendo uma experiência gratuita e, algumas vezes, pedindo o feedback daqueles que a usavam. Houve muitas críticas, tanto positivas quanto negativas: enquanto alguns odiavam a sensação de se mexer e ver um filme ao mesmo tempo, outros veneravam a injeção de adrenalina que essa nova tecnologia tinha a oferecer. Alguns ajustes foram feitos até que se chegasse ao equilíbrio ideal entre os movimentos motorizados e os picos de tensão dos longas passados.


Por fim, chegamos ao momento atual: o chamado Cinema 5D. Por ter se mostrado um caminho tão bem aceito e lucrativo, diversas empresas ou grupos, como Guangzhou Shuqee Digital Tech. Co., têm investido em tecnologias que exploram o potencial de assistir filmes experienciando tudo o que os sentidos têm a oferecer: o movimento das cadeiras, a visão 3D, efeitos especiais como vento, cheiros, luminosidade, umidade etc. Aquele que assiste não é mais um simples "telespectador", e sim um dos componentes que faz parte de um grande sistema de sensações e emoções, processados de maneira única por cada um que o experimenta.




Sobre o projeto em questão


Falarei especificamente sobre o projeto de cinema 5D do grupo Guangzhou Shuqee Digital Tech. Co. e como ele pode ser aprimorado.



Guangzhou Shuqee Digital Tech. Co. é uma equipe de profissionais da China especializados em soluções de design e engenharia de ambientes que comportem uma experiência de cinema 5D. Em suas propostas de serviços, eles demonstram a configuração do local do cinema, os efeitos disponíveis, os preços planejados e outras vantagens ao se obter o equipamento em questão.

Minhas críticas e sugestões

Acredito que são propostas muito boas e genuinamente vantajosas, mas sinto que poderiam ir muito mais longe do que aparentam realmente ir. Os filmes sugeridos são curtos, com durações entre cinco e vinte minutos, e as cabines comportam poucas pessoas. É, realmente, uma boa opção para ser usada em parques de diversões, por exemplo, mas nada além disso. Ainda assim, não deixo de pensar em como uma tecnologia dessas poderia causar um grande impacto se aplicada em salas de cinema de tamanhos normais, com maior capacidade de pessoas e vendas. Quem sabe a parceria com grandes produtoras, com o discurso de testar a mescla da tecnologia do cinema 5D com o lançamento de um longa-metragem muito esperado, a fim de potencializar ao máximo uma vivência única? São infinitas opções.


Os efeitos também poderiam ser repensados e constantemente renovados: há sempre a mesmice vento, espirros de partículas minúsculas de água e bolhas. É o clichê da inovação. Se não forem periodicamente atualizados, podem acabar tornando-se repetitivos e tediosos. Adicionar cheiros, por exemplo, garantiria uma experiência nova e agradável. Se, em alguma cena de algum filme, houvesse um campo florido, por exemplo, pequenos dispositivos poderiam liberar cheiros suaves de flores que, talvez, unidos a uma leve brisa e uma tímida iluminação de raios solares, tivessem a capacidade de teletransportar qualquer um para dentro da cena, quase que completamente. Num filme de romance, onde o casal se delicia com chocolates do dia dos namorados, por que não oferecer àqueles que estão ali os assistindo a oportunidade de saborear junto, quem sabe, uma pequena trufa ou bombom?



O que quero dizer é o seguinte: há uma completa possibilidade de unir os cinco sentidos, audição, olfato, paladar, visão e tato, numa experiência que poderia ser verdadeiramente considerada como o futuro do "5D". Ao invés de direcionar os esforços desse tipo de entretenimento para pequenas cabines em parques de diversões, creio que investir em grandes produções geraria não apenas uma aceitação muito maior como também um retorno tão vantajoso que seria possível cobrir os custos de manutenção e dar continuidade a um projeto tão imersivo, interativo e inovador quanto se mostrou ser o Cinema 5D.





Referências:







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